Quem já terminou de ler Palladinum teve a oportunidade de conhecer um mundo de fantasia feito de sonhos e pesadelos, com alguns personagens cativantes e muitos outros apavorantes! Bem, a grande maioria encaixa-se melhor nessa segunda categoria... (risos)
A história do livro começa mostrando a divertida rotina escolar da turma da Página Pirata. Esse início da trama soará familiar tanto para quem está vivendo esse momento quanto para quem já o viveu. Mas, aos poucos, coisas misteriosas começam a acontecer, levando os alunos ao completo desespero!!! E a coisa só fica pior quando a turma decide investigar o que está havendo.
A partir daí a história ganha cores de aventura épica, passada num mundo regido pelas mesmas regras que controlam os nossos sonhos e pesadelos. Ou seja, onde a nossa lógica vale pouco, e a nossa imaginação vale muito!
Mas o que me inspirou a escrever uma história com essa temática e ambientação? Quais foram as minhas referências? É sobre isso que quero falar nesse post.
Muito da personalidade de Pastilha – a menina super estudiosa, determinada e mega-alérgica – vem de mim mesmo. Alguns de seus hábitos, descritos já no primeiro capítulo do livro (que pode ser lido aqui) são hábitos meus, como a mania de dormir com um bloquinho ao lado da cama para tomar nota caso algum sonho possa render uma boa história – no meu caso, hoje em dia o bloquinho deu lugar ao celular! Muito mais prático... 😉
Assim como ela, por muitas vezes já me dei conta de ter a consciência de estar sonhando. Mais do que isso: já me vi alterando, de maneira consciente, o rumo de um pesadelo! Isso pode parecer estranho para quem nunca viveu essa experiência, mas é algo mais comum do que se pensa e talvez você apenas não se lembre de ter feito o mesmo, afinal, a maioria das pessoas esquece com o que acabou de sonhar assim que acorda. O fenômeno é tão comum que tem até nome, e diversas referências podem ser encontradas na Internet: experimente pesquisar o termo “Sonho Lúcido” no Google. O tema é de fazer o queixo cair de tão surpreendente.
Não vou discorrer longamente sobre o assunto, afinal não sou nenhum expert, mas para quem tiver interesse, o Wikipedia possui um artigo bem interessante sobre Sonhos Lúcidos aqui.
A coisa é tão difundida que tem até gente que pesquisa sobre como lembrar dos sonhos e aprender a controlá-los! Existem alguns truques e tudo mais... Vejam só algumas dessas dicas curiosas aqui.
E, claro, tem um monte de gente que estuda os significados dos sonhos. Esse é um tema e tanto! Aqui tem um link que consultei bastante enquanto escrevia Palladinum, mas existem muitos outros sites abordando o tema.
Alguns tipos de sonhos foram mais recorrentes em minha vida, principalmente na adolescência. Já sonhei diversas vezes que estava voando, ou caindo. Sempre sonhei com labirintos, ou com cidades abandonadas nas quais me sentia perdido e ameaçado. Outro sonho que tenho com frequência é o de estar perdendo os dentes! Já me vi pelado e até MORTO em sonhos. Posso dizer que a sensação não é das melhores em nenhum dos dois casos...
Invariavelmente também sonho acordado, mas isso não tem muito a ver com o tema desse post... Ou tem? (risos)
Nunca tive sonhos premonitórios, mas conheço várias pessoas que tiveram... São histórias bizarras, que vão desde sonhos com morte ou doença – que realmente vieram a ocorrer – e até gente que sonhou com números do jogo do bicho (e ganhou!!!). Já vi gente acertar o sexo do bebê de amigos com base num sonho. Tudo bem, uma pessoa incrédula vai dizer que isso é apenas uma coincidência. Mas e quando a pessoa acerta quase sempre? Aí a “coincidência” se transforma em mistério.
Nossas experiências com sonhos são muito pessoais, afinal, cada um tem seus próprios desejos e temores. Contudo, algumas dessas experiências que vivemos durante o sono nos são bem comuns. Eu aposto que você deve estar lendo esse post e pensando: “Nossa, já sonhei com todas essas coisas que o Marcelo está descrevendo!”Pois é... foi com essa certeza de que sonhos e pesadelos renderiam uma história com a qual muitos leitores iriam se identificar que decidi escrever Palladinum.
O tema já foi explorado antes em centenas de filmes. Destaco alguns que me vêm à memória agora, como A Hora do Pesadelo, A Origem (brilhante), SuckerPunch, A Cela, Paprika, Monkeybone, Sonhos de Akira Kurosawa, Vanilla Sky... A lista é grande.
Vi e revi vários desses filmes enquanto escrevia Palladinum. O mais curioso é que o meu favorito da lista, A Origem, estreou nos cinemas após eu ter terminado a primeira versão do livro! É claro que o texto final acabou ganhando elementos presentes nessa magnífica obra cinematográfica, afinal, tudo o que vemos, escutamos, lemos ou sentimos nos inspira e nos afeta de alguma forma. Que bom, né? 🙂
Adoraria saber a opinião de vocês sobre o tema. Comentem se acharem o assunto interessante, falem de suas experiências com sonhos. Ou falem dos filmes que citei, se preferirem. Se quiserem contribuir com a lista de referências, fiquem à vontade!
Espero que esse post tenha despertado uma certa curiosidade em você, leitor. Talvez os mistérios que cercam Palladinum venham a lhe parecer mais familiares e encantadores do que possa imaginar!
Um abraço,
Marcelo Amaral.
maio 17 2012
Sonhos e Pesadelos – A essência de Palladinum
Por Marcelo Amaral • Postado em Bastidores, Curiosidades, Nota do Autor • Marcado A Origem, Bastidores, Curiosidades, Marcelo Amaral, palladinum, Pesadelos, Referências, Significados dos Sonhos, Sonhos, Sonhos Lúcidos